domingo, agosto 20, 2006

F.C.Porto 3 - 0 Vit. Setúbal

E a Supertaça Cândido de Oliveira é nossa. Pela 15ª vez a conquistamos.
Num jogo de total domínio do Porto e jogado num relvado em muito más condições, a vitória do F.C.Porto acaba por ser natural e já esperada, tal a diferença de qualidade entre as equipas.
A 1ª parte foi algo monótona, sem grandes lances interessantes e de golo iminente. Excepção feita ao remate de Meireles mesmo na cara de Marco Tábuas e à defesa apertada de Helton a cabeceamento de Pepe, os primeiros 45 minutos foram enfadonhos. No 2º tempo as coisas mudaram. O Porto entrou mais rápido e determiando a abrir o marcador. E assim foi. Aos 53 minutos e na sequência de um pontapé de canto, Adriano fez um grande golo de pontapé de bicicleta. Estava feito o mais difícil. Se até então o Porto dominava, a partir do golo esse domínio foi total e absoluto. O Setúbal desuniu-se e parece mesmo ter quebrado fisicamente, o que possibilitou mais lances de golo. Golos esses que viriam a surgir no último quarto de hora. Após a cobrança rápida de um livre, Anderson, bem servido por Alan, estreou-se a marcar com a camisola do Mágico Porto. Aquele golo nos pés dele até parece fácil. Quantos jogadores não teriam falhado? Já mesmo sobre os 90 seria Vieirinha a fazer o gosto ao pé com mais um grande golo. Final de festa em beleza.
Vitória justissima e categórica. Prémio justo para toda a equipa mas principalmente para Rui Barros, que como o próprio reconheceu, não tinha que inventar nada, apenas dar seguimento ao que estava a ser feito. Também por isso, é de elementar justiça reconhecer o mérito do ex-técnico Co Adriaanse nesta conquista. Quota parte desta Supertaça é dele.
Melhor em Campo: Anderson
Anderson - Este puto é mesmo maravilha. Se na primeira parte esteve algo preso devido às cerradas marcações, já no segundo tempo libertou-se bem e encantou com os seus passes teleguiados e as suas jogadas, quase sempre travadas em falta. No golo teve a capacidade para fazer aquilo que muitos craques dos nossos relvados não seriam capazes. Nos seus pés tudo parece fácil.
Quaresma - Adriaanse teve o mérito de o "educar". Temo que com a sua saída, o cigano volte ao antigamente. Neste inicio de época não tem estado ao nível daquilo que nos habituou. Mas ainda estamos no começo. Vamos esperar para ver se Quaresma continua a evoluir ou se vai estagnar.
Adriano - Adriaanse chamou-lhe o Adriano 2. Forma cruel e injusta de tratar aquele que foi decisivo na conquista do Campeonato e da Taça de Portugal. Adriano não se deixou abalar e cá está ele mais uma vez decisivo. Não é aquele ponta de lança ideal que encha os olhos dos adeptos nem que consiga fazer a diferença na Champions. Contudo, o rótulo de decisivo ninguém lhe pode tirar.
Cech - Sou um confesso admirador deste jogador. Contudo ontem deixou algo a desejar, principalmente ao nivel do passe. Começa a parecer-me melhor opção para o meio campo do que para a defesa. No entanto, tendo em conta que a outra alternativa para defesa esquerdo se chama Ezequias...
Notas:
Excelente apoio das claques do F.C.Porto. Já na parte final do jogo foi audível o nosso Hino. Momento lindo e que espero seja para continuar e ainda com mais força no Estádio do Dragão.
FORÇA PORTO