F.C.Porto 3 - 0 Beira Mar

Estádio do Dragão
31.423 espectadores

Para este jogo Jesualdo apresentou no seu onze titular uma grande surpresa sentando Anderson no banco e fazendo entrar Jorginho para o seu lugar. E por muito que Jesualdo o tente negar, compreensivelmente, o que é certo é que existe um Porto com Anderson e outro sem Anderson.
A primeira parte foi algo lenta sem grandes jogadas de perigo e com muito pouca imaginação. Os principais desiquilibrios surgiam por intermédio das acções ofensivas dos laterais, sobretudo Bosingwa, que atravessa um grande momento de forma. Apesar de tudo, que foi pouco, Adriano e Postiga conseguiram desperdiçar cada um, uma oportunidade de golo, sendo que a do brasileiro foi algo caricata pois nem sequer chegou a rematar, "cortando" a bola pela linha final.
Já mesmo em cima do intervalo, Lucho colocou a bola dentro da baliza, mas o golo foi anulado por pretenso fora de jogo. Ainda não vi as imagens por isso dou o meu benefício da dúvida.
Para a 2ª parte, Jesualdo mexeu na equipa. Tirou Adriano e Jorginho, fazendo entrar Lisandro e Anderson. As alterações mexeram significativamente com a postura da equipa. Mais ofensivo, mais dinâmico, mais pressionante, mais rápido. Assim foi o 2º tempo do F.C.Porto. O golo surgiria aos 53´ por intermédio de Postiga. Excelente o trabalho do avançado português. Este golo poderá ser moralizador para um jogador que tem passado por fases complicadas na sua ainda curta carreira. Aos 73´ Lisandro fez o 2-0 numa jogada que resultou em golo devido á pressão do argentino. Outro golo que pode servir de tónico para este avançado que desde Dezembro tem estado em baixo. Já mesmo perto do fim, Tarik acabaria por fazer o resultado final após uma bela jogada de envolvimento com Lisandro López.
Resultado final justissimo frente a um adversário que na 1ª parte ainda conseguiu atacar mas que no 2º tempo não existiu ofensivamente, por mérito do F.C.Porto.
Segue-se 3ª a visita a Londres para defrontar o Arsenal.

Melhor Jogador em Campo - Quaresma

Ricardo Quaresma - Se na 1ª parte andou relativamente apagado, já no 2º tempo foi importante para a equipa os seus cruzamentos mortiferos, as suas jogadas desconcertantes, as suas arrancadas e os seus remates sempre próximos do golo. Está claramente em subida de forma o extremo lusitano.

Bosingwa - Excelente momento de forma atravessa o lateral português. À atenção de Scolari.

Notas:

Confesso que não estava nada à espera de ver a moldura humana que vi hoje no Dragão. Mais de 30 mil pessoas num jogo às 19.15 em pleno dia da semana é sem dúvida um facto relevante. Assim (também) se vê a força do Fê Cê Pê!

Mário Jardel. O Super Mário como o apelidaram quando jogou em Lisboa. Sim, porque quando jogou no Porto nunca foi super. Passou despercebido durante o jogo, bem como quase todo o ataque do Beira Mar. Contudo, aos 79 minutos o estádio levantou-se para aplaudir o Jardigol. Altamente merecido, extremamente emocionante para o melhor artilheiro da história do Porto.

Nota 18 para os Super Dragões pelo excelente desempenho esta noite. Em menor número (aparentemente) do que é habitual, os Super mantiveram um apoio constante ao longo dos 90 minutos, conseguindo diversas vezes levar todo o estádio atrás, com especial destaque para os minutos seguintes ao 2-0. Já o Colectivo 95, parecem algo murchos neste início de época.

FORÇA PORTO