segunda-feira, setembro 11, 2006

Estrela Amadora 0 - 3 F.C.Porto


No jogo que marcou a rotura definitiva com o esquema de Adriaanse, Jesualdo Ferreira apostou no "seu" 4-3-3. A novidade no onze inicial foi a inclusão de Raul Meireles em detrimento de Paulo Assunção. A presença de Bruno Alves ao lado de Pepe era já de certa forma expectável para quem durante a semana acompanhou as notícias do Porto nos jornais. Lisandro foi o eleito para substituir Quaresma e Tarik manteve-se no 11. Tivemos então Helton na baliza, um quarteto defensivo com Bosingwa à direita, Cech na esquerda e Pepe e Bruno Alves no centro. No meio campo o trio Meireles, mais recuado, Lucho (box to box) e Anderson. Na frente, Tarik e Lisandro nas alas e Adriano no eixo do ataque.
O jogo teve sempre sentido único, o da baliza do Estrela. A primeira parte foi algo morna, sem grandes ocasiões de golo, excepção feita ao remate ao poste de Anderson. Na 2ª parte, Jesualdo mexeu na equipa com a entrada de Postia para o lugar do desinspirado Lisandro. Mudou de jogador e mudou de esquema. A partir desse momento o Porto pasosu a jogar em 4-4-2 losango, sendo Meireles o vértice mais recuado, Anderson o vértice mais ofensivo e mais solto no apoio aos 2 avançados. Lucho e Tarik desempanhavam as funções de médios interiores. Tarik pelo menos tentava... O golo surgiria finalmente aos 55 minutos num autogolo de Rui Duarte. Grande golo! Estava a ser difícil mas lá entrou. A partir desse momento o Porto relaxou um pouco, permitindo ao Estrela subir mais no terreno, o que proporcionou espaços na defesa dos da Amadora e o Porto começou a criar mais lances de golo em rápidas joadas de contra ataque. O 2-0 surgiria aos 81 min. através de um grande golo de Raul Meireles a mais de 30 metros da baliza. O 3-0 final seria da autoria de Lucho, já aos 88, após arrancada de Anderson, que isolado, preferiu oferecer o golo ao argentino.
Resultado óptimo para o Porto que pode ser importante para o jogo fulcral que aí vem com o CSKA Moscovo.
Melhor Jogador em Campo - Raul Meireles
Raul Meireles - Alcançou o que já perseguia à bastante tempo. Aos 81 minutos, encheu-se de coragem e a cerca de 30 metros da baliza disparou para o golo. Grande momento de futebol. O trinco português que mereceu a confiança de Jesualdo para a titularidade este jogo, soube fazer por merecer a aposta do técnico. Se defensivamente não foi muito colocado à prova, já no apoio ao ataque foi sempre útil, bem como os os seus longos passes teleguiados. Comojá li algures, se vestisse de verde e branco já estaria na selecção.
Postiga - Entrou cheio de ganas, com muita vontade de aproveitar mais uma (provavelmente a última) oportunidade na equipa do Porto. Teve o mérito de conseguir agitar a equipa e torna-la mais acutilante.
Notas:
Desde cedo se viu que apenas o Porto pretendia vencer este jogo. Desde cedo se ficou com a percepção que mais minuto menos minuto o golo que ditaria a diferença acabaria por surgir. Contudo, a forma passiva e expectante como o Porto abordou a 1ª parte não me agradou de todo. Felizmente que a 2ª parte trouxe mais agressividade na procura do golo, pois não seria a primeira vez que em jogos deste género o Porto perderia pontos. De negativo deste jogo há a retirar a lesão sofrida por Ibson. Fractura do pé esquerdo. Um mês de ausência forçada. Sem dúvida que este craque não tem sido abençoado pela sorte.
Num estádio que tanto "apreciamos" vencemos e conseguimos em determinados momentos da 2ª parte praticar um futebol interessante. Na próxima jornada iremos mais uma vez jogar fora, com a surpreendente Naval que também já conquistou 6 pontos. Quanto à classificação, já estamos no lugar que nos pertence. Agora é só mantê-lo até à 30ª jornada.
FORÇA PORTO