Auf wiedersehen!!!

Está praticamente consumada a saída de Diego do F.C.Porto. O destino será o Werder Bremen, indo assim ao encontro do desejo do jogador, que era continuar a jogar na Europa.

Duas épocas após a sua chegada, com apenas 19 anos, e com a aura de estrela e com potencial para singrar na Europa, Diego deixa o Porto sem nunca ter comprovado na plenitude todas as suas capacidades. Conheço este jogador desde o tempo em que fazia a dupla de sonho do Santos, com Robinho, e quando soube da sua vinda para o Mágico Porto não pude deixar de ficar feliz e achar que mais uma vez, Pinto da Costa tinha acertado na contratação de um grande jogador e com muito futuro. A primeira época não foi muito feliz, como não foi para quase ninguém. Era época de adaptação, teve 3 treinadores, um ambiente sempre complicado e muita pressão sobre a equipa devido aos maus resultados. Convenhamos que não foi o melhor cenário para um jovem de 19 anos. Contudo, sempre esperei que nesta segunda época de dragão ao peito, e já adaptado ao futebol europeu, Diego fosse definitivamente explodir e mostrar todo o seu potencial. A espaços isso aconteceu. E o problema foi mesmo esse. Apenas a espaços, Diego conseguiu encantar a plateia do Dragão. Nunca conseguiu ser muito consistente nas suas exibições e não tem, ainda, uma das qualidades que Adriaanse pede aos seus jogadores, que é uma grande disciplina táctica e apoiar convenientemente em tarefas defensivas. Essa sempre foi uma das suas pechas, a juntar ao facto de se agarrar demasiado à bola, provocando diversas vezes a quebra de jogadas rápidas. A partir de Fevereiro começou-se a desenhar o fim deste casamento. Diego não estava satisfeito por ser diversas vezes suplentes. O pai falou. Disse baboseiras. Forçou a ruptura. Nunca mais foi convocado.

Não era certamente este o fim que se esparava. Diego acaba por sair com aquele sabor amargo de nunca ter conseguido demonstrar todo o seu enorme potencial. Apesar de tudo, foi sempre muito apoiado e acarinhado pelos adeptos do Porto. Alguma falta de humildade a juntar à "necessidade" de fazer dinheiro do seu pai, precipitou este desfecho. Para bem do Porto, acabamos por conseguir reaver os 7 milhões € gastos na sua contratação.

É, a par de Carlos Alberto, mais um grande talento que não foi devidamente aproveitado. Desejo as maiores felicidades ao Diego, e espero que consiga ter sucesso no futebol alemão. Contudo, e para não ficar com a frustação de ter visto passar um grande talento pelo meu clube e não ter tido sucesso, espero também que nunca se "exceda" em termos qualitativos, pois nesse caso a frustação seria ainda maior. Tipo aquela que devem ter os adeptos do Estrela ao saberem que Ronaldinho não jogou lá por causa de 200 contos.

Diiieeegooo, Diiieeegooo, levanta o estádioooo...

FORÇA PORTO